Todos os anos, no segundo domingo do mês de agosto, comemora-se o Dia dos Pais. No mundo atual, o conceito de ser pai está sendo re-significado, até porque cada cultura define as funções de pai e mãe ao seu próprio modo. Por esse motivo, não se pode desconsiderar a compreensão da figura paterna cultivada por uma sociedade ou um grupo, apagando suas singularidades na tentativa de padronizar os conceitos como se esses fossem absolutos e universais.
Nesse sentido, vemos como importante destacar como as Igrejas cristãs têm se posicionado sobre essa temática. No cristianismo, tanto o Pai como a Mãe, estão ligados ao sagrado e, como tal, refletem a sua imagem no mundo por meio de ações concretas, principalmente para as pessoas que assumiram como filhas e filhos. O próprio Deus nos assumiu como filhas e filhos. Com o coração e a razão é confessado publicamente como Pai e Mãe. Logo, Deus, como Pai e Mãe, por meio dos pais, se reflete para as diversas relações no mundo e para dentro da diversidade cultural. E não pode ser instrumentalizado por um único jeito de uma determinada cultura.
O comportamento de um Pai é reflexo da ação e do olhar de Deus para o seu mundo criado. Assumir a paternidade é, pois, refletir a essência de Deus por meio da limitação humana. Deus revela valores, como a solidariedade e a equidade. Deus, em seu agir, sempre é inclusivo e coletivo. Filhos e filhas precisam ter a referência desses valores. Poder chamar alguém de Pai, significa ter o privilégio de ter essa referência e de ser bem cuidado e orientado para o bom caminho.
Dia dos Pais é, portanto, dia de celebrar a presença desses. Dia de fazer a memória do sentido mais profundo de ser um pai e dos valores que representa e o definem. Dia dos Pais, precisa resgatar, também, que os pais são humanos, passiveis de erros e necessidade de cuidados. O mundo precisa de mais pais. Portanto, celebremos!
P. João Paulo Auler
Superintendente do Albergue